terça-feira, 19 de agosto de 2008

Até que temperatura a vida na Terra é viável?


Uma experiência em regiões desérticas e tropicais mostra que a vida humana em sociedade é possível à temperatura constante de 45 graus. Isso não significa que a vida seria tolerável se todo o planeta atingisse esse pico de temperatura. O desarranjo obrigaria a humanidade a buscar novas estratégias de sobrevivência. Por outro lado, nem o mais pessimista dos cientistas acredita que o aquecimento global ofereceria risco de sobrevivência para toda a raça humana.
FLORESTA AMEAÇADA



O Lago Curuai, no Pará, durante a seca de 2005: fenômeno pode se repetir em decorrência das queimadas na Amazônia, que atrasam a estação das chuvas .
A ERA DO DEGELO





Gigantescos blocos de gelo se desprendem da plataforma Wilkins, na Antártica: o efeito mais visível do aquecimento global
Aumento do nível médio das águas do mar


Uma outra causa de grande preocupação é o aumento do nível médio das águas do mar. O nível dos mares está aumentando em 0.01 a 0.025 metros por década o que pode fazer com que no futuro algumas ilhas de países insulares no Oceano Pacífico fiquem debaixo de água. O aquecimento global provoca subida dos mares principalmente por causa da expansão térmica da água dos oceanos. O segundo fator mais importante é o derretimento de calotas polares e camadas de gelo sobre as montanhas, que são muito mais afetados pelas mudanças climáticas do que as camadas de gelo da Gronelândia e Antártica, que não se espera que contribuam significativamente para o aumento do nível do mar nas próximas décadas, por estarem em climas frios, com baixas taxas de precipitação e derretimento.


Aquecimento global vai afetar a agricultura brasileira


Estudo científico publicado pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) projeta que a mudança climática da Terra poderá afetar o mapa agrícola do Brasil. O aquecimento global poderá forçar a migração de culturas, a diminuição de área de cultivo e maior pressão sobre a chamada área de “fronteira agrícola” entre o Cerrado e a Amazônia.

As regiões mais afetadas são Sul, Sudeste e Nordeste do país, o que pode resultar na transferência de culturas para as áreas agricultáveis da Amazônia Legal e no aumento do fluxo migratório para a região. Segundo o coordenador do estudo, Hilton Silveiro Pinto, áreas agricultáveis da Amazônia “não deverão sofrer qualquer problema”.

A Embrapa Informática Agropecuária e o Cepagri (Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas da Unicamp) fizeram projeções para 2020, 2050 e 2070 e construíram dois cenários para as culturas de algodão, arroz, café arábica, cana-de-açúcar, feijão, girassol, mandioca, milho e soja.

terça-feira, 5 de agosto de 2008

As áreas em vermelho indicam as partes onde ocorre com mais freqüencia o desmatamento.

Fonte: www.novaescola.org.br
Em um mundo mais quente

O cerrado cresceria, a floresta encolheria e um semideserto nasceria.
A área de um bioma agrega comunidades semelhantes de plantas e animais e é determinada pelo clima e pelas condições do solo. “Para ter floresta tropical é preciso ser quente e ter água no solo durante todo o ano”, explica Carlos Nobre, do Inpe. As savanas tropicais, como o Cerrado, gostam de calor e longas estações secas. O clima úmido e o relevo diversificado explicam as variações na vegetação da Mata Atlântica – floresta subtropical que originalmente se estendia pela costa, do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul, e entrava para o interior, chegando ao Paraguai e à Argentina. Floresta tropical seca, a Caatinga se adaptou ao parco regime de chuvas e ao solo pedregoso do Nordeste. A qualidade dos solos é o que determina a região dominada pelo Pampa, ou Campos Sulinos, cujas características climáticas por si só permitiriam a formação da mata subtropical, na visão de alguns especialistas

Além da floresta


O Brasil também é cerrado, caatinga, pantanal, litoral.Embora intricados na idenidade dos brasileiros, e tão ou mais ameaçados do que a Amazônia, esses biomas ainda são ilustres desconhecidos.

A Amazônia está em todo lugar: nas manchetes dos jornais, na pauta de reuniões ministeriais, no centro de negociações internacionais, na boca do povo. Difícil localizar exatamente de onde vem o fascínio da grande floresta tropical úmida, se da percepção estrangeira de que se trata de um ativo da humanidade, se do fetiche que sua biodiversidade exerce sobre os homens ou se da perenidade de um discurso romântico que valoriza os lugares selvagens. Fato é que a Amazônia concentra população pequena se comparada à que se espalha pelos outros seis biomas, muitas vezes alheia à influência desses ecossistemas na identidade brasileira.